terça-feira, 30 de julho de 2013

MARIO QUINTANA

Alegrete, 30 de julho de 1906 – Porto Alegre, 5 de maio de 1994

 “Eu comecei a fazer versos desde que me entendi por gente. 
Eu acho que ser poeta não é uma maneira de escrever, é uma maneira de ser. 
Assim, como nascem pessoas de olhos azuis ou pretos, nascem também os poetas. 
Mas eu só publiquei mesmo o meu primeiro livro muito mais tarde. 
Os poetas novos tem ânsia de publicar logo, eles deveriam esperar ficar mais amadurecidos pela vida, não é? E assim, iriam amadurecendo também o seu instrumento, que são as palavras. 
O poeta quando mais velho tem tendência de ficar melhor, com o estilo mais depurado. 
Viveu mais, não é?

 ... eu sou um eterno aprendiz. Porque o poeta que descobre uma fórmula, ganha renome, não quer outra vida, e fica conversando com os amigos sentado em cima do muro sem se espetar, esse está perdido, porque eu acho que a poesia não é mais que a procura da poesia, como acho que também Deus se resume na procura de Deus. 
Eu publiquei meu primeiro livro aos 34 anos. 
Foi "A Rua dos Cataventos".”

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